Pré-candidatura de Guilherme Boulos visita o Quilombo Abacatal, no Pará
Encontro de Boulos com Lideranças Comunitárias e Quilombolas no Abacatal, no Pará, também contou com candidatas e candidatos do PSOL
O candidato do PSOL à presidência da república, Guilherme Boulos, participou na tarde da sexta-feira (18), de um encontro com moradores da comunidade quilombola do Abacatal e de Marituba que foram diretamente impactados pelo Aterro Sanitário instalado no Município.
Uma das chefes das 117 famílias quilombolas que vivem no Abacatal, Maria Santana (49 anos) ressaltou a importância de ter um candidato à presidência da república e líder do MTST visitando e reconhecendo a luta.
Ela esteve na mesa junto aos pré-candidatos do PSOL do Pará, o deputado federal Edmílson Rodrigues, a vereadora Marinor Brito (candidata à deputada estadual), o vereador Fernando Carneiro (candidato ao governo do estado) e Ursula Vidal, candidata ao Senado.
Para Raimundo Nonato Cardoso (64 anos) além de histórico o momento foi de diálogo sobre as problemáticas como a falta de uma consulta pública para a construção de uma ferrovia e instalação do linhão de energia de 5000 kW que prejudica os moradores do entorno.
“Nós somos invisíveis para o poder público. Quando houve esse mapeamento para fazer a ferrovia o nosso território não apareceu, o governo não nos reconhece, não temos nem voz nem acessos aos serviços públicos”, assinalou.
“Precisamos de um novo modelo de desenvolvimento no país. Uma economia que sirva à sociedade, onde os Quilombolas e indígenas, participem da decisão, sejam consultados. Que possamos combater o agronegócio que toma essas terras ,de povos tradicionais e tenta coibir com o discurso enganoso quando 70% da comida que está nos pratos dos brasileiros é da agricultura familiar. Que casos como o da Hydro que cometeu mais um crime ambiental no município de Barcarena. Temos o compromisso de defender o povo”, resumiu Guilherme Boulos.
Ao final do encontro, uma roda de Carimbó se formou na casa que abriga a Associação de Moradores, e os participantes puderam dançar e tocar marabaixo (espécie de tambor) do grupo Toró-Açu.
“Visitei essa semana o Quilombo Abacatal, no Pará, e conheci um pouco da luta dos quilombolas da região. Nós precisamos de um novo modelo de desenvolvimento econômico no país. Um modelo que não esteja preocupado só em dar lucro para meia dúzia. O modelo que a gente quer tem que ser um modelo humano, que não vai passar por cima de população tradicional“, resumiu Guilherme em seu Facebook.