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Manifesto da FPSM: João Doria tem medo de quem???

Já faz quase 9 meses que João Dória governa São Paulo.

Ele foi eleito num momento onde os políticos, o Congresso e o executivo estão em profunda falta de crédito, governam para eles mesmos e seus amigos.

João Dória se elegeu dizendo que era diferente, não era político, era um bom gestor e sua carreira de empresário poderia comprovar isso.

Passados 9 meses além de bravatas e muita mídia, o que mudou para o povo de São Paulo?

Os cortes atigem o atendimento, já muito precário, em diversas áreas como cultura, habitação, saúde, obras, direitos humanos. Na cultura foram mais de 40% de cortes, na saúde e assistência social foram anunciados o fechamento de diversos equipamentos, na região central se optou por ações higienistas de expulsão dos pobres do centro sob a alcunha de combate ao craque, na educação municipal foi proibido que o estudante repita a merenda, até a manutenção dos semáforos tiveram problemas.

Enquanto isso, Dória não esquece a sua origem e quer vender os equipamentos públicos para seus amigos empresários lucrarem em cima do povo. São diversos Projetos de Lei (PLs) que vendem a cidade como o 367, 364, 404 entre outros. Esses PLs são um cheque em branco que permitem a venda de parques, cemitérios, serviço funerário, Estádio do Pacaembu, Anhenbi, terrenos até 10 mil m2, mercados municipais, terminais de ônibus, bilhete único. Dois deles já foram aprovados em segundo turno, o 364 e o 367. Tudo isso sem a população ser ouvida. A implementação dessas privatizações e concessões mudará a cidade definitivamente.

Se João Dória, o secretário de desestatização Wilson Poit (empresário do setor elétrico) e a Câmara Municipal de São Paulo, na figura de seu presidente Milton Leite, continuarem com tamanho ímpeto comercial e implementarem a venda da cidade sem uma ampla discussão com a população de São Paulo se igualarão em politicagem ao Congresso Nacional e a presidência da República. Se lá se votam às costas do povo a retirada de direitos sociais como a “reforma” trabalhista, ampliação das terceirizações, congelamento dos investimentos públicos, e possivelmente, a “reforma” da previdência aqui se fazem negócios obscuros entregando aquilo o que a população construiu por décadas com dinheiro de impostos para a ganância daqueles que sempre exploraram o povo.

Nós exigimos que PARE! 
O POVO TEM QUE SER OUVIDO!

O “novo” não se faz com palavras ditas ao vento mas com atitude. Se o governo João Dória quer ser mesmo diferente dos seus colegas políticos não deve ter medo de realizar um amplo debate com os paulistanos sobre os rumos e problemas da cidade. Não deve ter medo de debater as privatizações e outros problemas da cidade. Mas de forma descentralizada e democrática, nos territórios e nas subprefeituras, não na galerias e plenários da Câmara Municipal onde por localização, horário e perfil dos participantes a discussão se dá entre os mesmos. Por fim, São Paulo tem a oportunidade de ser um exemplo para o país e assim, fazer um PLEBISCITO onde a população possa opinar se é favorável ou contrária as privatizações da cidade de São Paulo.