Frente Povo Sem Medo e Frente Brasil Popular nas ruas em apoio às greves e em defesa da Petrobras!
Às 18 horas desta quarta-feira, 30 de maio, as frentes de mobilização Povo Sem Medo e Brasil Popular vão às ruas protestar em apoio à greve dos caminhoneiros e dos petroleiros, e contra a péssima gestão da Petrobras que fez com que o Brasil chegasse a essa situação. O ato marcado para a avenida Paulista, em São Paulo, também exigirá a saída de Pedro Parente, presidente da Petrobras, e a redução imediata dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha.
São praticamente 10 dias de paralisações em mais de 500 pontos espalhados por estradas e rodovias de todo o país, numa greve de caminhoneiros histórica que tem desafiado analistas e ganhado a simpatia da população. Desde o dia 21 de maio assistimos à crise de combustíveis causada pelo desgoverno de Michel Temer e pela gestão de Pedro Parente à frente da Petrobras.
Nesta quarta, a categoria dos petroleiros também entrou em greve em todo o país. Para o ato de hoje, ainda somam forças mais de 100 entidades, entre as quais CUT, CTB, Intersindical, a Central de Movimentos Populares (CMP), MST, MTST, UNE e Marcha Mundial das Mulheres (MMM).
Desde julho de 2017 a gasolina aumentou 50%, o diesel em 52% e o gás de cozinha em 67%. Em 17 dias foram 11 aumentos no preço dos combustíveis.
De acordo com levantamento realizado pelo Dieese, a Petrobras reajustou o preço da gasolina e do diesel nas refinarias por 16 vezes em apenas um mês. O preço da gasolina saiu de R$ 1,74 e chegou a R$ 2,09, alta de 20%. Já o do diesel foi de R$ 2,00 a R$ 2,37, aumento de 18%. Para o consumidor final, os preços médios nas bombas de combustíveis subiram de R$ 3,40 para R$ 5,00, no caso do litro de gasolina (crescimento de 47%), e de R$ 2,89 para R$ 4,00, para o litro do óleo diesel (alta de 38,4%).
Isso é o reflexo da política de preços implementada pelo presidente da Petrobras, Pedro Parente, que privilegia os acionistas ao invés do povo brasileiro ao mandar o petróleo extraído aqui no Brasil ser refinado no exterior. É como plantar e colher as laranjas para comprar o suco pronto de fora por um preço maior.
A Petrobras é pública e tem capacidade para produzir o nosso próprio combustível, atendendo praticamente 100% da demanda nacional.
A greve dos caminhoneiros que parou o Brasil é legítima, porém, durante os protestos outra bandeira também tem chamado a atenção e assustado: os pedidos por intervenção militar. Intervenção militar NÃO é a solução!
Sob o poder de uma ditadura não podemos nem mesmo ir às ruas protestar, como estamos fazendo. O regime militar trouxe torturas, assassinatos, censura e corrupção. O bolo cresceu e nunca foi dividido com os mais pobres: a desigualdade aumentou.
A saída é uma só: mais poder para o povo! Mais democracia! Nós mesmos decidirmos a política de preços da Petrobras! Nós mesmos decidirmos como a Petrobras e o Brasil serão geridos! Nós exigimos a redução imediata dos preços dos combustíveis e do gás, que a Petrobras sirva ao povo brasileiro e não ao lucro das empresas estrangeiras!
Em defesa da democracia! Intervenção não é a solução!