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Estudantes de SP convocam novos protestos contra redução do passe livre na terça-feira

Fonte: Rede Brasil Atual

Manifestações estão marcadas para dois locais na Avenida Paulista. Novas regras definidas pela prefeitura passam a valer em agosto

Estudantes da capital paulista devem ir às ruas novamente na próxima terça-feira (18) para protestar contra restrições no passe livre definidas pela gestão Doria, que passam a valer no próximo semestre, a partir de 1º de agosto.

Atualmente o estudante da rede pública de ensino fundamental, médio e técnico, de comprovada baixa renda, além de beneficiários do Fies e do Prouni, podem realizar até oito viagens diárias gratuitas no transporte público. Com a nova regra, poderão ser realizados até quatro embarques em um período de duas horas, e outros quatro em um segundo período de duas horas. A alteração, assinada pelo secretário de Mobilidade e Transportes, Sérgio Aveleda, foi publicada no Diário Oficial no último sábado (8).

Convocada pela União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE-SP), União Paulista (Upes) e Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), a manifestação PASSE LIVRE FICA! a luta continua está marcada para ocorrer a partir das 17h no no vão livre do Masp, na avenida Paulista, região central da capital.

Próximo dali, na Praça do Ciclista, o Movimento Passe Livre (MPL-SP) e o coletivo Secundaristas em Luta convocam para o Grande ato em defesa do passe livre estudantil, também às 17h.

As entidades estudantis afirmam que a restrição a quatro viagens apenas “exclui a juventude dos espaços públicos da cidade”. Para o MPL, significa que, para a gestão Doria, “só os filhos dos ricos podem podem ter direito de transitar livremente”. Já o coletivo secundarista afirma que os cortes devem prejudicar “aqueles que vivem nos extremos” e limita o conhecimento à sala de aula.

Com o mote “Tira o bico do meu passe livre“, os estudantes realizaram manifestação na última quarta-feira (12) em frente à prefeitura. No ato, lideranças estudantis destacaram a tentativa de dialogar com a gestão municipal, para apresentar os prejuízos que os estudantes sofrerão com a nova regra. “A gente espera que ele tenha sensibilidade para ouvir as ruas, apesar da postura dele até hoje não ter sido essa”, afirmou Marianna Dias, da presidenta da UNE.