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Anistia Internacional, OAB e Human Rights Watch pedem investigação rigorosa da morte de Marielle Franco

A vereadora Marielle Franco (PSOL) Foto: Renan Olaz / Divulgação / CMRJ

A Anistia Internacional Brasil, a OAB-RJ e a Human Rights Watch pedem que seja feita uma investigação rigorosa do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) na noite desta quarta-feira na região central do Rio. Marielle Franco foi morta a tiros na esquina das ruas Joaquim Palhares e João Paulo I. Policiais da Divisão de Homicídios (DH) que investigam o caso acreditam que os responsáveis pelo crime já sabiam o lugar exato que a parlamentar ocupava dentro do carro: no banco traseiro à direita. Nenhum pertence foi levado. A principal linha de investigação é a de execução.

Anistia Internacional emitiu uma nota no início da madrugada desta quinta-feira, frisando que “não podem restar dúvidas a respeito do contexto, motivação e autoria” do crime. “O Estado, através dos diversos órgãos competentes, deve garantir uma investigação imediata e rigorosa do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro e defensora dos direitos humanos Marielle Franco”, diz a Anistia Internacional.

“Marielle Franco é reconhecida por sua histórica luta por direitos humanos, especialmente em defesa dos direitos das mulheres negras e moradores de favelas e periferias e na denúncia da violência policial. Não podem restar dúvidas a respeito do contexto, motivação e autoria do assassinato de Marielle Franco. #JustiçaParaMarielle”, relata a organização.

Também em nota, a Human Rights Watch lamentou o assassinato da vereadora carioca e ativista dos direitos humanos, além de seu motorista, Anderson Pedro Gomes. “Marielle destacava-se por sua atuação pública na defesa dos direitos humanos e vinha denunciando abusos associados à atuação da polícia nas comunidades do Rio de Janeiro, tendo sido nomeada como relatora da comissão que acompanhará a intervenção federal no âmbito da Câmara Municipal de Vereadores no Rio de Janeiro”.

“A Human Rights Watch clama por uma investigação rápida, rigorosa e imparcial do assassinato de Marielle Franco e de Anderson Gomes, e a responsabilização de todos os envolvidos. A competência pela investigação recai sobre a Polícia Civil do Rio de Janeiro e, eventualmente, sobre a Polícia Federal, se for convocada para esse fim. O interventor militar deve garantir que os investigadores contem com todos os recursos necessários, a independência e a liberdade para identificar os assassinos.”

“A Human Rights Watch pede, ainda, ao procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Rio de Janeiro que convoque imediatamente o Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública do Ministério Público (Gaesp) para participar da investigação. É preciso dar um fim, de uma vez por todas, ao clima de impunidade existente no estado do Rio de Janeiro, que alimenta o ciclo de violência. Marielle e Anderson são as últimas vítimas, dentre muitas, de um sistema de segurança falido”.

OAB-RJ TAMBÉM PEDE APURAÇÃO RIGOROSA

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro (OAB-RJ), Felipe Santa Cruz, também exigiu uma “apuração rigorosa e imediata” das mortes, segundo comunicado da instituição emitido pouco após o carro onde estavam ter recebido vários tiros.

“A OAB/RJ não vai descansar enquanto os culpados não forem devidamente punidos. Os tiros contra uma parlamentar eleita e em pleno cumprimento do mandato atingem o próprio Estado democrático de Direito”, afirmou Santa Cruz.

“Assim que tomou conhecimento dos bárbaros assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Pedro Gomes, ocorridos na noite desta quarta, no bairro do Estácio, região central do Rio, o presidente da OAB/RJ, Felipe Santa Cruz, entrou em contato com a Chefia de Polícia para cobrar uma imediata e rigorosa apuração do crime”, afirma a nota.

 

Fonte: Jornal Extra