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Único negro abordado pela PM na Povo Sem Medo de Guarulhos, Israel é liberado

Por Brigada de Comunicação

Detido na delegacia na véspera do feriado da proclamação da República, o companheiro Israel Enrique recebeu o acompanhamento de membros da coordenação da Povo Sem Medo de Guarulhos, além de advogados, sendo liberado em seguida, apenas após o pagamento de fiança. Os advogados estarão organizando as providências para a continuidade da defesa de Israel.

Ressalta-se que, no interior da delegacia, um dos policiais que participaram da operação chegou a declarar que o rapaz fora preso porque “era preto mesmo” — uma afirmação racista e preconceituosa, às vésperas do Dia da Consciência Negra, celebrado no dia 20 de novembro.

Momento da soltura de Israel Enrique, devidamente acompanhado por seus companheiros

Entenda o caso

Na terça-feira, dia 14 de novembro, a ocupação Povo Sem Medo de Guarulhos sofreu uma prisão forjada de cunho racista quando policiais militares da força tática chegaram numa viatura e entraram no terreno ocupado desde junho deste ano. Eles enquadraram cinco moradores da ocupação e levaram um deles algemado, Israel, único negro. A alegação: “porte de munições”.

O fato ocorreu por volta das 16h30 e, já na delegacia, os PMs alegaram que Israel Enrique estaria com munição — o que não foi encontrado na ocupação, uma vez que o rapaz havia acabado de deixar o seu barraco para buscar água e auxiliar a esposa na preparação de comida para as crianças.

É inevitável nos perguntar: até quando, nesse país, a cor da pele será motivo de acusações infundadas e prisões arbitrárias?! A luta por justiça social deve ser levada com força, por todos e todas!

MTST, a luta é pra valer!